sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Confesso


Confesso, acordei achando tudo indiferente. Nada do que importava, me importa mais.
Verdade, acabei sentindo cada dia igual. E isso não faz mais sentido algum...
Quem sabe isso passa, sendo eu tão inconstante, tão pensante, essa tal de metamorfose...
Quem sabe o amor tenha chegado ao final, quem sabe...
Não vou dizer que tudo é banalidade, porque uma coisa deixou de ter importância...
Ainda há surpresas, mas eu sempre quero mais... Ahhh eu quero muito mais...
É mesmo exagero ou vaidade, mas que seja...
Eu não te dou sossego, não dou...
Eu não te deixo em paz, nunca mais...
Não vou pedir a porta aberta é como olhar pra trás... Avante sempre...
Não vou mentir, nem tudo oque falei eu sou capaz.  Foi por desespero, medo, ou coragem.
Não vou roubar teu tempo, eu já roubei demais... Não quero, não preciso...
Eu tranco a porta, pra todas as mentiras, e jogo a chave fora...
E a verdade também está lá fora, junto com a poeira do velho tapete.
Agora à porta está trancada, e ninguém possui uma chave...
A porta fechada, me lembra você a toda hora... Nunca foi promissor, nunca foi bem-vindo, sempre uma porta cerrada.
A hora me lembra o tempo que se perdeu. Que perdemos ou desperdiçamos...
Perder é não ter a bússola, desse caminho louco e desestabilizado...
É não ter aquilo o que era seu, talvez nunca tenha sido...
E o que você quer, orientação. Pra seguir apenas...
Eu vou contar pra todo mundo vou pichar sua rua,
Vou bater na sua porta de noite, completamente nua
Quem sabe então assim... você repara em mim.
Não vou viver, como alguém que só espera um novo amor. Nem sei se quero um novo amor, eu nem suporto o velho ainda...
Há outras coisas, no caminho aonde eu vou, tantas coisas, tanto a se fazer...
Ás vezes ando só trocando passos com a solidão, minha melhor e constante companhia...
Momentos que são meus e que não abro mão, nem por você nem por ninguém, é meu!
Já sei olhar o rio por onde a vida passa, e admirar a correnteza e leveza do ser...
Sem me precipitar e nem perder a hora, o exato momento...
Escuto no silêncio que há e mim e basta, de alguma forma eu não preciso de mais...
Outro tempo começou... pra mim agora, outra vida, a minha vida, é outra coisa, e eu sou outra também...
Vou deixar a rua me levar, ver a cidade se acender, sentada naquele velho balanço a olhar sem pressa as luzes dos prédios, as luzes do céu....
A lua vai banhar esse lugar, e eu vou lembrar você, e isso me basta...
É mais tenho ainda muita coisa pra arrumar, organizar e jogar fora...
Promessas que me fiz e ainda não cumpri, e que agora vou de encontro...
Palavras me aguardam o tempo exato pra falar, talvez eu tenha falado até demais na última embriaguez...
Coisas minhas, talvez você nem queira ouvir...
Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me precipitar e nem perder a hora
Escuto no silêncio que há e mim e basta
Outro tempo começou, pra gente agora
Vou deixar a rua me levar, ver a cidade se acender
A lua vai banhar esse lugar, e eu vou lembrar você
Eu quero te roubar pra mim, eu que não sei pedir nada, não peço, não quero tanto assim, ou quero, mas não faço questão alguma...
Meu caminho é meio perdido, mas que perder que seja o melhor destino.
Agora não vou mais mudar
Minha procura por si só
Já é o que eu queria achar
Quando você chamar meu nome
Eu que também não sei aonde estou
Pra mim que tudo era saudade
Agora seja lá o que for
Eu so quero saber em qual rua minha vida vai encostar na tua
É...
Baseado na música de Ana Carolina, Confesso.

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